quarta-feira, 14 de julho de 2010

Here comes the rain...

Hoje amanheceu chovendo, o que implica em criatividade redobrada. Afinal, mais do que nunca a brincadeira tem que ficar dentro de casa.
Eu sempre tenho algumas alternativas, mas quase todas acabam em (muita) sujeira. Isso porque os livros de histórias só dão conta, com otimismo, da primeira meia hora de brincadeira. Quanto à TV, que pode ser considerada uma alternativa "politicamente incorreta", prefiro deixá-la para o período de aulas, quando a coisa fica mais nervosa aqui em casa. Restam as atividades manuais: massinha, tinta, palitos de sorvete, penas coloridas e toda uma sorte de sobras das compras de material escolar. Isso porque eu insisto em fazê-las em papelarias de atacado, com a desculpa de sair mais barato. No fundo mesmo o que eu quero é ter as tais sobras na manga durante o ano todo.
Sempre que eu compro esse tipo de coisa, digo pras meninas me internarem, com camisa de força e tudo, caso eu ameace fazê-lo novamente. Mas devo confessar que adoro e sempre acabo comprando tudo de novo.
O que elas criam é incrível. Há uns quinze dias cada uma fez sua casinha com massa de modelar. Tinha de tudo. Além dos moradores, os cômodos mobiliados e decorados foram cuidadosamente arrumados dentro de tampas de caixas de sapatos. Ficou uma graça. De outra vez, arrumaram pessoas e bagagens dentro de pedaços de caixas de ovos e fizeram os carros que rodariam pelas suas estradas imaginárias. Aliás, falando em caixas de ovos, o que elas fazem com sucata também é demais. Bem à minha frente, por exemplo, tem um cofrinho de garrafinha de refrigerante todo enfeitado com lacinhos. Um charme!
Falando em coisas para se fazer em dias chuvosos, preciso encerrar o post. É que a Beatriz resolveu fazer mingau pro café da manhã e eu, é claro, preciso lavar a louça que ficou na cozinha... Além disso, já deve estar na hora do Vinicius acordar... Preciso preparar almoço pra nós três. Sim, porque o dele já está pronto... ufa!

terça-feira, 13 de julho de 2010

Nome do blog

Pois é, o nome.
Mãe é mãe, seja de primeira viagem, como a prima Juliana, de segunda, ou de terceira, como eu.
E sempre se lembra do que já passou e tem dúvidas sobre o que há pela frente.
Daí Mãe de Qualquer Viagem. Seja de 1, 2, 3, ou sei lá quantos filhos. A ideia é compartilhar sucessos, frustrações, medos, alegrias e tudo mais que vier no pacote.
Beijos e até breve.

Apresentação

Olá! Eu me chamo Samantha e sou mãe de três.
Parece até o início daquelas reuniões dos grupos de ajuda para dependentes. E é quase isso. Afinal, ser mãe se tornou a minha principal atividade nos últimos meses e me fez perceber que é isso que dá o maior sentido para a minha vida.
Para muitos isso deve soar meio excessivo, quase patológico. Daí a comparação com os tais grupos. Às vezes preciso me lembrar de ser mais "egoísta" e deixar as crianças um pouco de lado. Mas consigo? Raramente. Sou dependente delas.
Tenho duas meninas, uma de 10 e outra de 6 anos. E agora, há exatos três meses, chegou meu menino. Os três são lindos, especiais e apaixonantes, cada um a seu jeito.
A mais velha é mais madura, e não só porque já tem 10 anos. Sempre foi assim. Andou cedo, falou cedo. E conversava mesmo. Queria saber o porquê de tudo (até hoje é assim). Suas perguntas sempre foram filosóficas, como da vez que, aos quatro anos, questionou-me porque a polícia matava, já que existia para proteger as pessoas. Ou quando, mais ou menos na mesma época, tentei fazê-la entender que não adiantaria dar alguns lápis de cor para as crianças na calçada que pediam algum dinheiro ou comida, e ela me explicou que elas poderiam escrever no chão um pedido de ajuda que seria lido por mais pessoas...
A mais nova, digo, a do meio - ainda estou me acostumando - é mais festeira. Adora se fantasiar e fazer caretas loucas, devidamente registradas pela irmã mais velha. Inventa músicas (aliás, um hábito familiar), vídeos e coreografias. Adora um brilho e está a um passo de se tornar uma popstar - pelo menos é o que ela diz.
As duas são carinhosíssimas e os beijinhos e abraços se seguem por todo o dia. Claro, às vezes a proximidade causa faíscas, mas é só brigar com uma delas pra outra intervir em sua defesa.
O mais novo é só doçura - pelo menos até onde se pode perceber em um bebê. É calmo e esperto. Com um mês já sorria e logo depois já conversava. Não pode ver ou ouvir as irmãs que abre o sorriso mais lindo do mundo.
Assim tornei-me dependende. Dos questionamentos, das maluquices e dos sorrisos desses três. E não faço a menor questão de frequentar nenhum grupo de ajuda pra me livrar disso.
Aliás, preciso encerrar esse começo de conversa. Afinal, preciso cumprir um dos mais adoráveis papéis de mãe e amamentar meu mais novo.
Até breve.